Judith Lauand - desvio concreto
Até 2,04.2023
A mostra Judith Lauand: desvio concreto pretende fomentar novas pesquisas e debates em torno do seu trabalho, por meio de 124 obras e dezenas de documentos de seu arquivo pessoal, colocando em perspectiva a decisiva transição – um desvio –, operada por ela em meados dos anos 1950, do figurativismo para a geometria abstrata.
A exposição pretende ainda abordar novas perspectivas em sua obra, reforçando a presença de questões políticas como a repressão da ditadura militar no Brasil, a guerra do Vietnã e a condição da mulher na sociedade brasileira, quando a artista atravessa temas como violência, sexualidade, submissão e liberdade feminina.
Judith Lauand, Acervo 29, Concreto 33, 1956. Foto: Eduardo Ortega
Ainda no MASP: Madalena Santos Reinbolt, uma cabeça cheia de planetas
Até 26,2.2023
A exposição reúne 44 trabalhos, entre pinturas e tapeçarias – realizadas entre as décadas de 1950 e 70 – que expressam a subjetividade imaginada da artista baiana através de um vasto mundo de personagens, paisagens e situações do cotidiano.
Embora conectada desde muito cedo ao exercício criativo, foi somente nos anos 1950 que a artista passou a se dedicar à produção de pinturas, traçando figuras sintéticas com pinceladas expressivas e utilizando suportes frágeis, como papel ou palha, indicando a importância da materialidade em sua produção.
Mais tarde, no final da década de 1960, Santos Reinbolt inicia a produção de seus singulares e pioneiros “quadros de lã”, realizados com 154 agulhas, em diversas cores, como uma paleta, que a artista usa à maneira de pinceladas sobre a estopa ou a talagarça.
Madalena Santos Reinbolt, Sem título, 1969-1977. Foto: Daniel Cabrel