Galeria BASE : inauguração da galeria exibe obras de Gilvan Samico e Ariano Suassuna
Abertura: 26 de setembro – sábado - das 10:00 às 18:00
De 29,09 à 14,11.2020
Galeria Base
Alameda Franca 1030 – São Paulo
A Galeria BASE, cumprindo todos os protocolos determinados pelas autoridades, exibe “Samico e Suassuna – Lunário Perpétuo” com, aproximadamente 39 obras, entre xilogravuras e iluminogravuras, de Gilvan Samico e Ariano Suassuna, complementadas por trabalhos de Ana Maria Maiolino, Derlon e Goeldi. O texto é assinado por Douglas de Freitas.
“Lunário Perfeito”, de Jerônimo Côrtes, é um livro em forma de almanaque ilustrado, escrito em 1954 e ilustrado com xilogravuras, que serviu de inspiração ao movimento do Cordel no nordeste brasileiro. A exposição busca contextualizar o movimento, que teve início no século XVI, em Portugal, até o Movimento Armorial de 1970, cujo objetivo foi a criação de uma arte erudita fundada na arte popular nordestina, contemplando todos os tipos de manifestações artísticas.
“A obra de Samico tem como cerne a técnica de xilogravura, utilizada por artistas da Literatura de Cordel, como por exemplo o grande cordelista J. Borges. Brasões, insígnias, e diversos símbolos são vistos na produção do artista, que de maneira própria, constrói uma narrativa traduzida em imagens de contos, lendas, anedotas e histórias. Essa forma de compor pode ser vista também no próprio conjunto de Iluminogravuras produzidas por Ariano Suassuna” define Douglas de Freitas.
Os trabalhos de Samico, que abrangem o período das décadas de 1950 a 2012, são xilogravuras com técnica única, registram personagens bíblicos, animais fantásticos, histórias e lendas do romanceiro popular.
Ariano Suassuna, Imortal da Academia Brasileira de Letras, revela a sua pouco conhecida faceta de artista visual, com as iluminogravuras executadas na década de 1980, que compõe os álbuns “Dez sonetos com mote alheio” e “Sonetos de Albano Cervonegro”. Seus trabalhos têm inspiração nas iluminuras da idade média, quando os manuscritos eram ilustrados e pintados à mão.
Integram a mostra a artista ítalo-brasileira Anna Maria Maiolino, que também estudou com Goeldi e o grafiteiro pernambucano Derlon, com trabalho fortemente impactado pelo Cordel e o Armorial.
Créditos: Galeria BASE, Samico e Suassuna