Dia da Amazônia: mês de julho de 2020 registrou 1654 km² desmatados, um aumento de 34,5%

Hoje, 5 de setembro, é a data de celebração de um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta e, mais que nunca, de conscientização da conservação da floresta ganha ainda mais importância em 2020. Os recordes de desmatamento e as trágicas queimadas que vimos em 2019 estão se repetindo neste ano.

As queimadas são a fase final de um processo de destruição das florestas, extremamente associado a atividades ilegais como grilagem (invasão e roubo) de terras públicas, extração ilegal de madeira e garimpo. 

Dados do sistema Deter, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados em agosto mostram que, entre agosto de 2019 e julho de 2020, houve um aumento de 34,5% nos alertas de desmatamento em relação ao mesmo período do ano anterior. Ao todo, foram 9205 km² desmatados, o equivalente a 1.100.000 campos de futebol. O mês de julho de 2020 registrou 1654 km² desmatados.

Além da área total com alertas de desmatamento entre agosto de 2019 e julho de 2020 ser um recorde, houve um número expressivo de grandes polígonos de alertas de desmatamento, com áreas de 3 mil, 4 mil e até 5 mil hectares derrubadas nos últimos 12 meses. 

As contínuas invasões de terras protegidas e o alto número de assassinatos de lideranças indígenas têm, neste ano, o agravante da Covid19 e o descaso das autoridades com a saúde de nossas populações originárias. 

Segundo boletim da APIB, até dia 4/9, foram registradas 785 mortes de indígenas vítimas do coronavírus e mais de 29.800 casos de contaminação. 

Fonte : Inpe e WWF