Pandemia da COVID-19: jovens latino-americanos enfrentam insegurança alimentar, violência e desemprego
Na América Latina, jovens mulheres e meninas adolescentes são as mais vulneráveis à má nutrição, à falta de educação e à falta de oportunidades de trabalho, podendo ser obrigadas ao casamento infantil e outras práticas nocivas.
A insegurança alimentar e as demais dificuldades econômicas latino-americanas foram agravadas pela pandemia da COVID-19 apresentando diversos desafios à juventude da região.
A insegurança alimentar é um dos temas mais preocupantes. De acordo com a ONU, um em cada três jovens percebe escassez de alimentos em sua comunidade. Essa escassez é maior entre pessoas indígenas, pessoas com deficiência e pessoas migrantes e refugiadas. Uma pesquisa demonstrou que 16% das pessoas também não contam com recursos suficientes para comprar alimentos. E apenas um de cada cinco afirma ter recebido algum tipo de apoio do governo para manter sua alimentação.
A pandemia também impactou o acesso à emprego, renda e educação das pessoas jovens. Cerca de 10% afirmaram ter tido aulas canceladas e aqueles que permaneceram com a opção de aula online dizem enfrentar, em maioria, problemas de conexão e acesso a internet. Enquanto isso, as ocupações domésticas e com cuidados cresceram: 13% dizem que passaram a cuidar de algum dependente da família.
A insegurança alimentar e demais dificuldades econômicas impactam diretamente no acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva, assim como ao planejamento reprodutivo. Esses fatores contribuem para altos níveis de fertilidade, morbidades e mortalidades, assim como um alto índice de gravidez na adolescência.
Fonte: ONU