Energia: Setor energético brasileiro continuará apostando em combustíveis derivados de petróleo
O Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 elaborado e apresentado pelo Ministério de Minas e Energia em janeiro não apresenta ações concretas para combater as mudanças climáticas e desconsidera o risco de se investir em fontes fósseis deixando em segundo plano a Crise climática.
A proposta do PDE também não indica uma evolução estrutural em direção à economia de baixo carbono, em linha com o objetivo do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global bem abaixo de 2°C até o fim do século. Pelo contrário, o plano decenal indica que as mudanças climáticas são um problema secundário para o governo federal brasileiro. Alternativas inovadoras, como a inserção do hidrogênio verde como combustível ou a utilização da macaúba para a produção de biocombustíveis são deixados de lado.
O PDE 2030 conclui que a oferta de combustíveis continuará sendo baseada em derivados de petróleo, sem explorar alternativas para migração para combustíveis sustentáveis ou analisar o risco de o país investir centenas de bilhões de reais na exploração do petróleo com a perspectiva de custos crescentes das emissões de carbono.