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Brasilidade - notícias com um toque brasileiro
economia
1 juin 2015

Seu dinheiro : Se a Dilma não faz a parte dela, faça a sua!

Por Samuel Magalhães

O Brasil está passando pela sua pior crise político-econômica após a era Collor! As televisões, rádios, jornais e revistas fazem questão de nos lembrar disso diuturnamente. O que a impressa esquece de lembrar- talvez por não dar tanto ibope- é que, após o confisco da poupança, a corrida aos bancos, a hiperinflação e o impeachment do início dos anos noventa, veio um período de estabilidade –FHC- e, logo após, um período de crescimento –Lula. Como diria o ditado, “após a tempestade, vem a bonança”. E ela veio para nós!

Nosso país nunca foi referência de grandes políticos, grandes governos ou algo que se aproxime disso. Somos um grande país não por causa dos nossos governantes, mas sim, apesar deles! Sempre foi assim! Desde a época de Dom João é assim. Não vai mudar! Pelo menos, não no curto prazo. O que nós precisamos fazer é voltar a acreditar no nosso país, nas nossas empresas, no nosso trabalho. Em última instância, o que nós precisamos é voltar a acreditar em nós! Quem faz o Brasil é o povo brasileiro e não nossos políticos!

Ok, ok, eu sei que a Dilma não tem ajudado! Ok, além de não ajudar, ela ainda atrapalha! Não é fácil conviver com um governo corrupto, perdulário e incompetente. Eu sei disso! Você também sabe! Mas não é por isso que vamos entregar os pontos. Precisamos parar de reclamar da carga tributária elevada, da falta de mão de obra qualificada, da infraestrutura precária, do enorme spread bancário. Nós já temos muitos problemas. Está na hora de encontrarmos as soluções!

Precisamos parar de nos queixar do dólar elevado que vai adiar nossas compras em Miami e começar a pensar que vai ajudar as exportações e, consequentemente, melhorar nossa balança comercial. Os juros elevados e o crédito escasso travam a economia, mas certamente oferecem oportunidades interessantes para quem está capitalizado. Se está todo mundo atrás de dinheiro, quem o possui dá as cartas, certo?

Quer seja nas famílias, nas empresas ou nos países, as crises derrubam os fracos e fortalecem os fortes! É isso que nós precisamos: ser fortes! Se quisermos sair fortalecidos dessa crise, precisamos utilizá-la em nosso proveito. E só existe uma maneira de fazermos isso: mudando nossas atitudes! São vários os países que viveram crises bem piores do que a qual estamos vivenciando neste momento. Todos os países que conseguiram a proeza de sair dela melhor do que entraram, tem algo em comum: eles aprenderam com seus erros!

Se pensarmos em um cenário mais amplo, para o Brasil sair da crise e conseguir entrar nos eixos novamente, nossa querida Presidenta e sua trupe precisa mudar de postura. Porém, não podemos ficar reféns da boa vontade de um governo que se notabilizou pela sua má vontade com os brasileiros e com o setor produtivo, em particular. O que nós precisamos para sair dessa crise é fazer a nossa parte e parar de esperar a Dilma fazer a parte dela. Precisamos aproveitar a crise para tornar nossas empresas mais bem geridas. Precisamos melhorar nossa produtividade, reduzir nossos custos ao máximo. Precisamos investir – mesmo que de forma parcimoniosa- para que quando a economia voltar a crescer – e ela vai- nós estejamos à frente da nossa concorrência!

samuel

Samuel Magalhães é Consultor Financeiro, Palestrante e Fundador do Portal InvistaFácil.com.

 

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14 mai 2015

Seu dinheiro : O que o budismo tem a ensinar para os investidores!

Nos primórdios do Mercado Financeiro, um dos principais problemas que os investidores enfrentavam era a escassez de informações. Em uma época que o mercado sequer tinha ouvido falar em Governança Corporativa e internet ainda era um sonho distante, obter informações sobre empresas, dados macroeconômicos e estratégias de investimento era um verdadeiro martírio.

Atualmente, vivemos o extremo oposto: temos informações sobre tudo e em excesso. Obviamente, o cenário atual é muito melhor para os investidores. Não pelo excesso ser melhor que a escassez, mas pelo fato de que ao contrário do que ocorria no início da Bolsa de Valores, agora temos a opção de escolher quais informações queremos obter e em que quantidade.

Infelizmente, a maioria dos investidores não sabe usar corretamente os dados disponíveis. Em geral, eles costumam cometer dois erros: ou ignoram os dados completamente e escolhem voltar à Época das Cavernas do mercado; ou eles querem fazer uso de todas as informações disponíveis, o que é praticamente impossível, pelo menos para um ser humano. Ou seja, os investidores ou usam informação demais ou não usam informação nenhuma.

Como diria o velho adágio budista: “a virtude está no caminho do meio”. Em se tratando de investir nosso dinheiro, podemos comprovar essa teoria facilmente!

Veja, se abdicamos completamente de qualquer tipo de informação, estamos dando um tiro no escuro e transformando o investimento em Bolsa de Valores- ou outro investimento qualquer- em mera jogatina! Não é a toa que tantas pessoas associam Bolsa a Cassino. Para um apostador, até o mais sólido dos investimentos se transforma em jogo!

Vejamos agora o outro lado, o dos investidores que colhem e analisam todas as informações disponíveis. Informação é importante, mas informação em excesso pode paralisar e confundir o investidor. Isso acontece por um motivo bem simples: quanto maior o número de dados você analisar, maior se torna a probabilidade deles darem sinais contraditórios.

Apesar de se basear em números, o mundo das finanças está longe de ser uma ciência exata. Você pode, por exemplo, a partir de uma determinada análise, descobrir que a empresa XYZ possui excelentes fundamentos econômicos, ou seja, é uma empresa bem gerida, obtém lucros consistentes, tem um nível de endividamento baixo, etc.

A partir dessa análise pra lá de favorável, você decide investir na empresa. Mas, antes de fazê-lo, você resolve analisar o gráfico da ação e percebe que ela possui uma tendência de queda no curto prazo. O que você faz? Nada! Não investe! Fica parado! E esse é o principal risco de quem analisa “demais”: não consegue chegar à conclusão alguma. Simplesmente porque a todo momento, sempre existirão dados favoráveis e desfavoráveis, independente de qual seja a empresa na qual você pretende investir.

Portanto, a melhor maneira de investir seu dinheiro de maneira segura é definindo uma estratégia de investimento baseada apenas nas informações essenciais para a tomada de decisão e deixar o resto de lado.

O budismo, quem diria, pode nos dar importantes lições quando o assunto é dinheiro. Da próxima vez que for analisar algum investimento, lembre-se: vá pelo caminho do meio!

O autor: Samuel Magalhães é Consultor Financeiro e Palestrante na área de Finanças Pessoais e Investimentos. Para conhecer melhor o trabalho do autor, tirar dúvidas, fazer críticas ou dar sugestões, envie um e-mail para: samuel@invistafacil.com

 

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29 avril 2015

Seu dinheiro: O segredo da felicidade !

Hoje não vou falar de dinheiro, de economia, de investimento, de Bolsa, do dólar, da projeção de preço para o barril do petróleo, de quanto vai subir- ou cair- nosso PIB em 2015, das projeções para a SELIC ou para a inflação. Hoje vou tratar de algo que aparentemente não tem nada a ver com dinheiro, mas que pode ser decisivo na sua vida, inclusive no aspecto financeiro!

E-Q-U-I-L-Í-B-R-I-O! Esta talvez seja a palavrinha mágica que melhor defina a postura que devemos ter a respeito da vida e as nuances que a cercam. Falar é fácil, concordo. Na prática, tudo fica mais difícil. Confesso a você que travei durante muito tempo –e ainda travo- uma enorme batalha para conseguir colocar em pratica tais ensinamentos. Mas, quando o inimigo somos nós mesmos, a batalha é muito mais árdua.

Diariamente, somos obrigados a fazer escolhas: trabalhar e aumentar a chance de ser promovido ou voltar pra casa mais cedo e passar mais tempo com a família? Fazer um MBA ou viajar para o exterior? Tomar refrigerante ou manter o regime? Ir pra academia ou ficar vendo TV? Poupar parte do salário ou torrar esse dinheiro em uma farra com os amigos?

Na ânsia de atingirmos nossos objetivos, tendemos a tomar decisões que priorizam um único aspecto da nossa vida, deixando de lado todos os outros.Basta dar uma olhadinha no instagram para confirmar o que estou falando.

Algumas pessoas são viciadas em trabalho- workaholics- e baseiam todas suas decisões nisso. Já outras, adotaram a saúde como seu mantra pessoal. Academia, exercícios físicos e dietas resumem sua existência! Para outras, a vida se resume a Deus e sua respectiva religião. Alguns só querem saber de festa de segunda a segunda! Já outros, só pensam em ganhar e multiplicar seu patrimônio.

Não importa se você só pensa em trabalho, em Deus, na sua saúde, em festas, em viajar, em ganhar dinheiro ou no que quer que seja! Nossa vida não pode se resumir a um único aspecto, por mais importante que este seja para você!

Dinheiro é importante, óbvio! Porém, mais importante do que ter rios de dinheiro é conseguir equilibrar suas finanças e todos os outros aspectos fundamentais que cercam nossas vidas!

Não existe fórmula para a felicidade, mas acredito que equilibrar corpo, mente e espírito é a melhor forma de chegarmos a este objetivo! Ser feliz é um estado de espírito. Serão pouquíssimos os momentos ao longo da nossa vida que iremos sentir-nos realizados. Aproveite ao máximo quando isso acontecer.

Para todos os outros momentos, sugiro que procure dividir sua atenção para o lado físico, espiritual, intelectual, afetivo e... financeiro. Quanto mais cada um desses aspectos estiver lhe satisfazendo enquanto pessoa, mais fácil chegar ao sucesso nos demais.

O segredo da felicidade não é ser o mais rico, o mais magro, o mais inteligente, o mais trabalhador, mas sim ter um pouco de tudo isso em nossas vidas! O segredo da felicidade, portanto, talvez seja ser: O Mais Equilibrado!

O autor: Samuel Magalhães é Consultor Financeiro e Palestrante na área de Finanças Pessoais e Investimentos. Para conhecer melhor o trabalho do autor, tirar dúvidas, fazer críticas ou dar sugestões acesse: www.invistafacil.com.

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17 avril 2015

Economia e finanças: Desenvolva sua capacidade de poupança com as dicas de Samuel Magalhães

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, ter um bom salário não quer dizer ser independente financeiramente, muito menos ser rico. Sei que esse tipo de afirmação contraria a lógica, mas a lógica, às vezes, precisa ser contrariada.

Conheço um promotor que ganha R$25 mil por mês e, mesmo assim, vivia no cheque especial. Conheço também um vendedor que ganha menos de R$2 mil por mês e ainda consegue economizar pelo menos R$500 todo santo mês.

Como podemos ver, nem um dos melhores salários do funcionalismo público foi suficiente para este homem da lei colocar suas finanças em ordem. Enquanto para o vendedor, um salário bem inferior foi mais do que o bastante para ele pagar todas as suas contas e, ainda por cima, poupar uma boa quantia.

A despeito do que a maioria de nós costuma pensar, os rendimentos pouco dizem sobre nossa saúde financeira. O que realmente conta é nossa Capacidade de Poupança, ou seja, quanto do que recebemos todos os meses conseguimos poupar para investir no nosso futuro e alcançar nossos objetivos.

Um contracheque gordo não é garantia de uma vida financeira bem-sucedida. Se esta pessoa não poupar parte do que ganha e utilizar esses recursos para investir no seu futuro, pode até viver bem pelo resto da vida, mas dificilmente atingirá sua independência financeira. Ganhos elevados, em geral, vem seguidos por gastos também elevados. E, se no fim do mês, sobra pouco ou nada, não importa quanto você tenha ganhado, você simplesmente não conseguiu acumular riqueza.

A maioria das pessoas acredita que a única forma de melhorar suas finanças é aumentando seus rendimentos e acabam esquecendo que tão importante quanto ganhar é poupar parte dos ganhos.

Portanto, independente do quanto você ganhe, caso almeje ter um futuro financeiro próspero, é bom começar a poupar o quanto antes.

Samuel Magalhães é Consultor Financeiro e Palestrante na área de Finanças Pessoais e Investimentos.

Para saber + : www.invistafacil.com

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15 avril 2015

Seu dinheiro: Saiba o que fazer com ele seguindo as dicas de Samuel Magalhães

Samuel Magalhães é Consultor Financeiro e Palestrante na área de Finanças Pessoais e Investimentos. Ele apresentará regularmente no Brasilidade, as suas boas dicas de investimentos pessoais. Não percam !

samuel

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3 mars 2015

Brasil : um país contaminado pelo vírus da corrupção patinando no cenário da crise global

Nessa entrevista o professor de economia Lauro Mattei comenta e analisa o atual quadro econômico brasileiro : entre altos e baixos, círculos, cruzamentos e outras figuras de estilo, o Brasil tenta, com algumas piruetas, acompanhar a dança da economia mundial.

Brasilidade : Lauro, o Brasil parece abraçar a austeridade em um momento em que, fora do país, políticas dessa linha são colocadas em xeque. Você acha que este é o caminho certo para o crescimento do Brasil ?

Lauro Mattei : A resposta a essa questão precisa ser delimitada diante do cenário de crise que a economia global ainda encontra-se envolvida. Entre 2009 e 2010, o Brasil aparentemente mostrava ter superado os principais obstáculos dessa crise. E isto ficou comprovado pelo expressivo crescimento do PIB, especialmente em 2010, quando as principais economias mundiais patinavam, ou até mesmo apresentavam resultados negativos. Todavia, esse cenário otimista não se mostrou consistente e logo em seguida, de 2011 em diante, o país começou a patinar e os dados passaram a se tornar inexpressivos e até mesmo preocupantes, especialmente em 2013 e 2014, quando as taxas de crescimento do PIB ficaram bem abaixo do projetado. Assim, o Brasil, a principal economia do continente latino-americano, apresentou um dos seus piores desempenhos.

Esse cenário obviamente introduziu a incerteza, potencializada pelo processo político de sucessão presidencial que ocorreu no final de 2014, acarretando problemas nas contas públicas, crescimento da inflação, déficit na balança comercial, etc. Esses indicadores obrigam qualquer gestor público, independentemente dos partidos políticos que estiverem à frente do Governo, a tomar medidas visando reverter esse quadro. É dentro desta lógica que devem ser analisadas as medidas de austeridade adotadas pelo Governo Dilma (II).

É natural que num primeiro momento essas medidas produzam efeitos negativos sobre o conjunto da economia, especialmente retardando investimentos e estimulando ganhos não produtivos nos mercados financeiros. Mas é a opção necessária para retomar-se o crescimento econômico nos próximos períodos com bases mais sólidas e com as contas públicas mais bem ajustadas. Infelizmente o timing econômico do Brasil - num cenário econômico global que se mantém incerto - é esse, e as principais ações de política econômica adotadas até o presente momento vão na direção correta, mesmo que provoquem a curtíssimo prazo efeitos negativos sobre a taxa de crescimento do PIB, que em 2015 dificilmente será positiva. Mas isso não quer dizer que a economia do país, em seu conjunto, encontra-se numa situação recessiva.

Brasilidade : Mas o fato é que o governo já esgotou suas ferramentas para tentar impulsionar a economia e agora não tem alternativas diante da necessidade de segurar a inflação. Como colocar as contas em dia ?

Lauro Mattei : Penso que parte dessa pergunta já foi respondida anteriormente. Gostaria de acrescentar que, de fato, todos os mecanismos de política econômica adotados nos últimos 3 anos produziram poucos efeitos. E o desempenho do PIB brasileiro confirma isso. Todavia, não devemos esquecer que diante do cenário global adverso, os resultados não foram tão ruins, se compararmos com outras economias centrais, como a do Japão, da França, da Espanha, da Itália, do Portugal, etc.

Acontece que a principal estratégia brasileira de enfrentamento da crise foi o estímulo do crescimento econômico via expansão da demanda interna. Todos sabemos que essa estratégia tem limites, sendo que o mais visível de todos é o grau de endividamento das famílias. Com crédito farto e barato disponibilizado pelos bancos públicos, com salários com ganhos reais e com uma inflação relativamente estável, foi possível manter a economia em funcionamento, mesmo que a taxas baixas via expansão do consumo doméstico.

Porém, os anos de 2013 e 2014 mostraram os limites dessa estratégia. Quando esse sinal ficou mais evidente, os investimentos econômicos no país começaram a se reduzir. Isso está comprovado quando se observa uma redução considerável da taxa global de investimentos dos últimos anos em relação ao PIB do país. Mesmo não sendo muito elevado - sempre se manteve abaixo dos 20% do PIB - nos últimos dois anos apresentou tendência de queda.

Esse é um sinal muito negativo para os investidores, sejam eles internos ou externos. É justamente esse clima que tomou conta da economia brasileira em 2014, situação que foi potencializada pela disputa política e agravada pelos escândalos de corrupção.

Brasilidade : A revista britânica The Economist afirmou que a nomeação da nova equipe econômica do Brasil é positiva para o país, mas sinalizou uma "fraqueza" da presidente Dilma Rousseff. O que você acha da dupla Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) ?

Lauro Mattei : Eu não diria - como o The Economist - que foi um sinal de fraqueza, mas sim uma ducha de realidade. Explico: depois de passar todo primeiro mandato (2011-2014) acreditando que as políticas de sua equipe econômica estavam corretas, a presidente eleita percebeu que alguma coisa estava errada. Em economia não há milagres: ou se tomam as medidas adequadas, ou o barco afunda. E o barco econômico brasileiro estava afundando, por mais que se acreditasse na estratégia de crescimento via expansão da demanda interna.

A realidade mostrou os limites dessa estratégia. Em uma sociedade tão desigual como a brasileira esses limites foram bem mais expressivos, obrigando o governo - seja qual for - a seguir os ensinamentos econômicos.

Sobre a nova equipe econômica, espero que eles saibam dosar duas coisas : fazer os ajustes necessários, mas também estimular a retomada do crescimento econômico em patamares compatíveis com a importância da economia brasileira no cenário global. Isso fundamentalmente significa que é necessário adotar mecanismos de estímulos aos investimentos produtivos, especialmente nos setores agropecuário e industrial, onde o Brasil mantém razoável taxa de participação no mercado mundial. Os primeiros passos foram dados, mas ainda há muito a ser feito. 

Brasilidade : Diante dos inúmeros escandalos políticos e financeiros que deterioraram a imagem e a credibilidade do Brasil, que dicas econômicas você daria ao governo para retomar a confiança dos brasileiros, do mercado e dos investidores ?

Lauro Mattei : Veja bem, a corrupção faz parte da política brasileira desde os primórdios da fundação do país. Todavia, nos últimos tempos, especialmente no período pós democratização (1985 em diante) ela assumiu níveis inaceitáveis. Atualmente ela desencadeou algo muito preocupante que é seu total enraizamento nas diversas esferas governamentais. Com isso, o público e o privado estão cada vez mais embricados em interesses escusos.

Assim, entendo que só há um caminho: a luta implacável contra os corruptos, sejam eles políticos, empresários ou mesmo funcionários públicos. Não é mais possível tolerar essa situação, uma vez que foi aceitando pequenos delitos como normais que se chegou onde nos encontramos hoje. Mas minha receita tem poucas chances, infelizmente, de se tornar realidade, uma vez que o próprio sistema judiciário também já foi contaminado pelo vírus da corrupção, por mais que se tenha um juiz aqui e outro acolá querendo fazer a verdadeira justiça.

A sociedade brasileira, penso eu, ainda não está preparada para fazer esta luta, que é árdua e longa. Escândalos são noticiados todo dia, inclusive por meios de comunicação tão corruptos quanto aqueles que eles denunciam.

Enfim, este é o Brasil. Oxalá um dia possamos viver em uma nação cujo fundamento não seja a "Lei do Gerson".

lm

Lauro Mattei, economista formado pela Universidade de Campinas e de Oxford (Inglaterra). Atualmente trabalha como professor nos cursos de Graduação em Ciências Econômicas e no Programa de Pós-Graduação de Administração da Universidade Federal de Santa Catarina. Atua também na área de economia, priorizando os seguintes temas: desenvolvimento econômico, desenvolvimento rural e territorial, economia brasileira e regional, economia do trabalho e políticas públicas de erradicação da pobreza e da exclusão social.

22 février 2012

Economia e mercado : as novas oportunidades de negócios na América Latina

Chile e Colômbia são as novas estrelas da economia regional; a Argentina pode ser a próxima.

O banqueiro André Esteves, considerado o 13º homem mais rico do Brasil pela revista americana Forbes, acha que « o país e as empresas nacionais têm muito a ganhar no relacionamento com alguns países vizinhos – mas, para isso, teremos de aprender a nova geografia econômica da região. »

Os brasileiros se acostumaram a pensar na Argentina e no México como os outros mercados grandes e relevantes na América Latina.

Há duas décadas, a Venezuela era candidata natural a entrar nesse seleto time de grandes economias latino-americanas. Nos últimos anos, o cenário mudou muito. Esteves enxerga novas estrelas na região. “A Colômbia já tem o PIB igual ao da Argentina e um fluxo de negócios maior”, diz o empresário.

Os elogios de Esteves vão também para o Peru – um país em crescimento forte e estável – e o Chile. “Entre Brasil e Chile há uma ponte (de investimentos) muito relevante a ser feita. Eles têm poupança, nós temos falta de poupança”, afirma.

Esteves observa o México, segunda maior economia da região, com cautela. Ele elogia a solidez das instituições no país, mas considera sua dinâmica econômica muito peculiar, atrelada ao mundo desenvolvido (atualmente, em crise). “O México não está fora do nosso radar, mas é um pouco diferente das outras economias da América Latina, por ser muito ligado aos Estados Unidos”, diz.

O empresário observa de perto a Argentina – embora acredite que o país ainda tenha mais problemas institucionais para resolver que o México.

 Fonte : Exame

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31 janvier 2012

Economia : as breves econômicas de Brasilidade

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Alemanha consome quase um terço da cachaça exportada pelo Brasil

Exportação de cachaça aumentou 8,35% em 2011 ! Segundo levantamento do Instituto Brasileiro da Cachaça, alemães importaram quase 3 milhões de litros da bebida no ano passado. As vendas no exterior, no entanto, encontram dificuldades com a valorização do real.

Produção industrial brasileira cresce 0,3% em 2011

O crescimento foi bem inferior ao aumento de 10,5% registrado em 2010, mas ficou dentro do esperado pelos analistas. Em dezembro, o avanço na atividade industrial brasileira foi de 0,9%.

Bancos dos EUA lucram com crise europeia

Uma pesquisa do Federal Reserve mostra que 29,1% das 55 entidades financeiras americanas viu seus negócios crescerem com a crise na Europa.

Atual visita de Dilma a Cuba é dominada por temas econômicos

Dentro da agenda econômica está prevista uma visita da presidente às obras de expansão do Porto de Mariel, realizadas com um investimento de 683 milhões de dólares do BNDES – o equivalente a 88% da obra. O porto fica a 50 quilômetros de Cuba e é o mais importante polo de exportação do país.

O comércio do Brasil com o país socialista cresceu 31% de 2010 para 2011, alcançando um recorde de 642 milhões de dólares no ano passado. Em números gerais, porém, a importância de Cuba para a economia brasileira é muito baixa.

"Do ponto de vista brasileiro, Cuba não é exatamente um importante parceiro comercial. Já para Cuba o Brasil é um parceiro comercial importante, especialmente agora que eles precisam abrir mais a sua economia", afirma Hoffmann, ressaltando que haveria interesse cubano tanto para investimentos de estatais brasileiras, como a Petrobras, como para receber indústrias de pequeno e médio porte.

 

Fontes : DW e Epoca online

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