Oscar Araripe, peintre brésilien, expose une sélection d’œuvres à la Teodora Galerie à Paris

Flore

Vernissage le 11 avril à 18H

Exposition jusqu’au 7 mai

Teodora Galerie Art Contemporain

25, rue de Penthièvre Paris

Oscar Araripe a réalisé une centaine d'expositions, en majorité solo, au Brésil, aux USA, en France, en Espagne, en Slovénie, en Grèce, à Cuba, au Mexique et au Royaume-Uni.

Peintre paysagiste, de marine, réaliste et subjectif, il possède une œuvre importante, présentée dans le catalogue de la fondation qui porte son nom. Son œuvre, tant en peinture qu'en dessin, novatrice, joyeuse et vivante, estimée à plus de 3.000 images, a mérité l'attention critique d'intellectuels réputés brésiliens et étrangers.

A seguir, uma entrevista exclusiva do pintor.

Brasilidade : Oscar, qual é a diferença entre pintura "brasileira" e pintura "francesa"?

Oscar  Araripe : Eu diria que a pintura francesa tem “mais escola” e a pintura brasileira “mais espontaneidade”. Mas, hoje, isso importa muito pouco. O que vale é a “pessoa” do artista, a “pessoalidade” da obra. Se fôssemos procurar uma real diferença, eu diria que ela existe na valorização. E quanto mais a pintura é pessoal, mais é admirada. A verdade é que a pintura é uma arte muito difícil e portanto, raríssima de ser achada. Além disso, sofre, como as demais artes (e a educação) de falta de apoio oficial e privado. E, por fim, está sendo instrumentalizada politicamente. Ou seja, confunde-se propositadamente ou por ignorância a Arte com a Política. Hoje, no Brasil, lembrando o antigo Egito, onde tudo era deus exceto Deus, tudo é arte, exceto a Arte. E, como sabemos, não é assim. Já na França, que cultiva e protege suas artes, há séculos, tudo é bem diferente. E, entre as artes, a Pintura tem um destaque muito especial. Os franceses fazem de tudo, e muito bem, mas tem uma paixão pela pintura. Tudo converge para a Pintura.

Brasilidade : Como anda o mercado artistico brasileiro ?

Oscar  Araripe : Tem dois. Um é dos jovens, das pessoas que podem comprar e o fazem, às vezes com sacrifício, mas compram, e cada vez mais. É um “mercado” vivo e inteligente. Existe mais na sombra, mas é muito sólido e várias obras de vários artistas vem sendo construídas por ele. O outro é um blefe. artística e economicamente falando. É mais lavagem de dinheiro. Vive de verbas internacionais e de recursos nada transparentes. A verdade é que nossa imprensa é burra e reboquista: gosta do que lá fora dizem que está sendo gostado e replicam ad nausea aqui para nós. Faz sensacionalismo com a “arte” que se presta pra isso.

Brasilidade : O que o senhor acha da França em modo geral? Qual é a importancia de expor em Paris?

Oscar  Araripe : A França é adorável, porque respeita a cultura e ama as artes. Paris é a meca do artista. Mas, pelo menos na Pintura, a França sofre de muitos dos males que a atingem nos outros países. Expor uma boa pintura em Paris é ajudar a salvar a boa arte no mundo.

www.oscarararipe.com.br