NONADA não é aqui - Superfície Matéria | <Densidade Identitária>, é uma mostra coletiva com 25 obras de 18 artistas que reúne elementos importantes como questões identitárias, raciais e sociológicas. De passagem por São Paulo, a galeria carioca pretende agir “ com o intuito de suprir lacunas, promover encontros e descobertas e se distanciar dos rótulos. NONADA é um híbrido que pesquisa, acolhe, expõe e dialoga. Deixa de ser nada e passa a ser essência por acreditar que o mundo precisa de arte… e arte por si só já é lugar”, definem João Paulo, Ludwig, Luiz e Paulo, responsáveis pelo projeto.
Até 2 de abril
Local : Pça da Bandeira, 61 – SP
Crédito : NONADA
No MASP : Carmézia Emiliano - a árvore da vida
São apresentadas 35 pinturas sobre tela, sendo oito delas desenvolvidas especialmente para a mostra, divididas em sete núcleos que abordam temas relacionados à subjetividade da artista e à vida em comunidade, refletindo manifestações culturais macuxis, como a dança do parixara, os jogos e brincadeiras relacionados aos períodos de festas – por exemplo, o de colheita da mandioca –, assim como a vida comunitária, manifesta nas pinturas que representam habitações e espaços em comum. Também se destacam os registros da transmissão de saberes, das redes de apoio entre mulheres e da relação de profundo respeito e cooperação com a natureza.
Até 11 de junho
Carmézia Emiliano, Wazaká – A árvore da vida, 2022
Foto: Rodrigo Guedes da Silva
O MASP também apresenta a mostra MAHKU: Mirações com cerca de 120 pinturas e desenhos que se originam tanto de traduções e registros de cantos, mitos e histórias de sua ancestralidade, como de experiências visuais geradas pelos rituais de nixi pae – que envolvem a ingestão de ayahuasca – denominadas mirações.
Até 4 de junho
Ibã Huni Kuin | Bane Huni Kuin, Movimento dos artistas Huni Kuin (MAHKU), Sem título, 2017. Foto: Eduardo Ortega
Na Galeria Zipper : "Orquestra Assinfônica Fotossintética" de Camille Kachani
O artista elegeu cuidadosamente oito instrumentos musicais para trabalhar em seu ateliê, evocando o processo de transformação da natureza. "Orquestra Assinfônica Fotossintética" reúne mais que esculturas, divaga entre cordas, volutas, estandartes e teclas, onde nascem ramos, flores, folhas e indícios da vida animal, preenchendo a galeria com uma filarmônica silenciosa.
Na A Gentil Carioca : Maria Nepomuceno e Valentina Liernur - Condo São Paulo 2023
Condo é uma ação colaborativa entre galerias internacionais. As anfitriãs compartilham seus espaços, recebendo artistas de outras galerias. Nesta edição, A Gentil Carioca, junto à artista Maria Nepomuceno, recebe a galeria Isla Flotante com a artista argentina Valentina Liernur.
Maria apresenta seu novo grupo de trabalhos, Gira. Memórias de um imaginário poético e pessoal tornam-se matéria-prima com a qual a artista acessa as próprias origens, trazendo materiais e símbolos ancestrais como mantras de formas que se repetem e se concretizam nas obras. Elementos como a palha trançada fazem referência à figura do cordão umbilical - um conector de gerações que perpetua o ciclo vital e se materializa em espirais nas criações de Maria.
Valentina estabelece uma exploração constante das formas com que os materiais podem se apresentar no desenvolvimento das pinturas em sua produção. Alternando entre a abstração e a figuração, e muitas vezes encorajando o surgimento de tensões e deslizes entre esses modos de pintura, Liernur procura manipular e aprimorar a materialidade do suporte escolhido.
Até 20 de maio
Local : Travessa Dona Paula, SP
Maria Nepomuceno | Gira #1, 2023
Imagem: Pedro Agilson