Sociedade : A arte da adaptação face ao desafio da crise

Uma crise é uma mudança brusca no desenvolvimento de qualquer evento e representa uma ameaça às estruturas. A crise transcende a pessoa e modifica o momento causando alterações daquilo que ela julga conhecer.

De um modo geral, crise designa uma fase ou uma situação perigosa, da qual pode resultar algo benéfico ou algo pernicioso para o indivíduo ou para a comunidade. O indivíduo passa por um estado transitório de incerteza e dificuldades, mas também cheio de possibilidades de renovação.

A crise leva à ruptura com o estado anterior e o novo rumo pode ser de melhora ou piora. Neste momento de desequilíbrio sensível, um indivíduo ou um grupo constata que os valores admitidos anteriormente precisam ser modificados, ou, mais globalmente, é um momento de questionamento, aquele de viragem, em que tem lugar a decisão sobre a vida ou a morte, sobre a vitória ou a derrota.

As crises decidem se uma coisa perdura ou não. Os períodos de perturbação representam uma ruptura com o passado, com uma situação existente, indicando que a forma como a sociedade vinha se organizando já não funciona mais.

Para que os indivíduos, grupos sociais e sociedades possam continuar existindo, é necessário que se adaptem às mudanças com a criação de novas estruturas econômicas e sociais. A crise apela à capacidade de ajustamento do indivíduo aos diferentes desafios e circunstâncias de vida e, contrariamente às outras espécies, as sociedades humanas têm meios de mudar, se adaptar e implementar mudanças para sair da crise.

Essa adaptação requer coragem e é preciso entender que às vezes, mudar é uma necessidade urgente. Como disse Charles Darwin: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.