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Brasilidade - notícias com um toque brasileiro
17 janvier 2012

Imagem : a fotografia experimental brasileira dos últimos sessenta anos chega amanhã em Paris

Fotografias da Coleção Itaú

Maison Européenne de la Photographie - Paris

18 de janeiro - 25 de março  

A coleção Itaú

Iniciada há mais de 60 anos pelos fundadores do Banco Itaú SA, uma das maiores instituições financeiras do mundo, a coleção conta atualmente 12.000 obras (pinturas, gravuras, esculturas, fotografias, instalações, etc.) assim como moedas e medalhas e itens relacionados à história do país. Este conjunto, gerido pelo Instituto Itaú Cultural, aborda a história da arte brasileira, onde cada estilo e cada movimento estético é representado por obras de referência.

Em 2011, o Itaú Cultural começou a movimentar sua coleção, facilitando assim seu acesso a um maior número de pessoas. Treze exposições foram apresentadas em sete cidades brasileiras e em cinco países, atraindo mais de 200 mil pessoas.

L’éloge du vertige / O elogio da vertigem

Esta exposição apresenta a fotografia experimental dos últimos 60 anos no Brasil. Ela ilustra o poder deste país em absorver e transformar toda e qualquer contribuição estrangeira. Ela também reflete sua rica história política durante esse meio século e revela, através de labirintos complexos, uma expressão artística proeminente que coloca hoje o Brasil entre um dos principais pólos de criação artística no campo da fotografia.

Na década de 1920, na Europa, os artistas seduzidos pelo dadaísmo e pelo surrealismo já haviam conduzido os fotógrafos a se libertarem do peso da realidade. O Brasil esperou quase 25 anos para que este movimento decolasse.

Um dos precursores da fotografia experimental foi Geraldo de Barros (1923-1998) que recorria a fotomontagens e colagens e intervinha diretamente no negativo. Entre 1964 e 1985, sob a ditadura militar, este tipo de produção desapareceu quase completamente deixando lugar a uma fotografia do tipo documentário, pouco crítica, por causa da censura.

Com o fim da ditadura e a chegada da democratização a produção fotográfica se tornou mais livre e menos dogmática. Três autores são os ícones desta época : Miguel Rio Branco, Mario Cravo Neto e Claudia Andujar. Realismo e ficção se misturam de um tal jeito que uma espécie de vertigem vira o denominador comum desta estética e desta visão do mundo.

Este momento histórico e as novas tecnologias de informação reformulam os conceitos, as formas e os temas da fotografia brasileira. Na abordagem objetiva da vida em sociedade adiciona-se uma produção densa com caráter subjetivo, aleatório e onírico.

Vindos da pintura, da escultura, do cinema ou da performance, os artistas realizam então imagens livres de todo dogma. Os fotógrafos contemporâneos retomam assim o fil condutor da experimentação começada pelos modernistas brasileiros.

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